O governador Flávio Dino (PCdoB)
e o senador Roberto Rocha (PSB) nunca se toleraram; e disputaram juntos as
eleições de 2014 por “uma aliança pontual”, como já definiu o próprio senador.
Com a aproximação das eleições de 2018, o clima entre os dois começa a ficar
cada vez mais tenso. As críticas do socialista ao governo do comunista têm sido
cada vez mais freqüentes e mais ácidas. E as respostas de Dino também começaram
na mesma medida, classificando de traidor o ex-companheiro de chapa.
A antipatia entre Roberto e Dino
começou ainda em 2009, após a derrota do comunista em São Luís para o então
candidato do PSDB, João Castelo. Na época, Rocha era uma das lideranças
tucanas. Logo após a eleição, Dino insinuou-se para a disputa estadual e ouviu
de Rocha a afirmação de que “política tem fila”, numa frase que entrou para o
anedotário político maranhense.
Flávio Dino “furou a fila”,
concorreu ao Governo em 2010 e ficou em segundo lugar, quase levando a disputa
para um segundo turno contra a candidata do PMDB, Roseana Sarney, que venceu a
eleição em 1º turno. Em 2012, os dois já estavam juntos novamente, desta vez
com Dino liderando uma espécie de consórcio de candidatos, que acabou tendo a
chapa formada por Edivaldo Júnior (PDT) e o próprio Rocha como vice.
Mesmo na vice, o socialista
continuou independente, e conseguiu, desta forma, que Flávio Dino o incluísse
como candidato a senador em sua chapa, mesmo sabendo que teria um adversário em
potencial em 2018.
Dito e feito. A cada mês que
diminui a distância para a eleição de 2018, as críticas de Rocha ao governo
estadual se intensificam. E Dino, até então calado, começa a acusar o golpe das
provocações.
Da coluna Estado Maior, de O
Estado do Maranhão
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